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Madeira certificada: para que serve e como obter o selo

A certificação da madeira assegura que o produto teve origem em florestas manejadas adequadamente, atendendo a princípios ambientais, sociais e econômicos. 

Em um mundo com uma consciência ambiental cada vez maior, a  madeira certificada ganha um diferencial importante no mercado e alcança melhores preços. Por isso, cada vez mais empresas se preocupam em atestar a adequação dos seus processos de produção. 

Mas você sabe como funciona a certificação? Como conseguir obter o selo? Quais são os seus benefícios? Neste artigo, vamos explicar tudo sobre o assunto. Confira!

Conheça os selos de certificação de madeira

O FSC (Forest Stewardship Council – em português, Conselho de Manejo Florestal) é um sistema de certificação florestal que identifica produtos provenientes do bom manejo florestal.

Reconhecido internacionalmente, o FSC é uma organização não governamental e sem fins lucrativos que promove o manejo cuidadoso e não predatório da madeira.

Assim como o FSC Brasil, o Certflor (Programa Brasileiro de Certificação Florestal) também emite um selo. Ele segue critérios e indicadores nacionais prescritos nas normas elaboradas pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).

A madeira certificada pode tanto vir de plantações florestais (reflorestamento) ou de florestas naturais, como a Amazônia. O selo pode ser aplicado a qualquer matéria-prima de origem vegetal, como móveis, assoalhos e em madeiramento estrutural usado em construções.

As principais madeiras certificadas em reflorestamento são das espécies Pinus e os lenhos provenientes de eucalipto e teca. Na Amazônia, o ipê e o cedro são exemplos de espécies nativas que recebem o selo.

Todo o percurso da madeira certificada pode ser acompanhado até a sua origem. Com o código de identificação, é possível verificar se a certificação é verdadeira e rastrear toda a cadeia de produção daquele item.

Saiba as vantagens trazidas pela certificação

Para se obter o selo, devem ser adotados diversos procedimentos e regras de conduta. Além de seguir a legislação, a madeira certificada considera vários outros aspectos ambientais, sociais e econômicos. A madeira comercializada não pode envolver desmatamento irregular, exploração de trabalho escravo e nem o uso de produtos químicos transgênicos.

O objetivo é garantir o bom uso dos recursos naturais, zelar pela saúde e segurança no trabalho, assim como pelo bem-estar das comunidades envolvidas. Para as serrarias, a certificação agrega valor ao produto final e melhora a sua imagem junto à sociedade.

Cabe destacar que a madeira não precisa ser certificada para ser legal. A madeira legalizada é aquela extraída dentro das exigências legais do país. Ela pode ser comercializada mediante uma licença ambiental ou atendimento à legislação de exploração. Portanto, nem toda madeira legalizada tem um selo de certificação.

Para quem comercializa a madeira, a vantagem do selo é poder garantir que a madeira foi bem manejada, seguindo as leis ambientais e trabalhistas. Além disso, a madeira certificada é mais valorizada e alcança preços melhores no mercado.

Veja os critérios e princípios do FSC

O FSC estabeleceu 10 critérios e princípios para que o silvicultor cumpra a fim de receber o selo:

P1: Conformidade com as leis nacionais e os princípios do FSC;

P2: Posse e direitos e responsabilidades de uso da terra;

P3: Direitos dos povos indígenas;

P4: Relações comunitárias e direitos dos trabalhadores;

P5: Benefícios da floresta;

P6: Impacto ambiental;

P7: Plano de manejo;

P8: Monitoramento e avaliação;

P9: Manutenção de florestas de alto valor de conservação;

P10: Plantações.

Saiba como obter a certificação da madeira

O profissional que pretende ter o selo de certificação deve buscar pelas certificadoras especializadas responsáveis por todo o processo.

As empresas que participam de algum processo para a transformação da madeira podem ter três tipos de certificação. Os selos valem por cinco anos e as empresas são auditadas anualmente:

Certificação de Manejo Florestal: garante as boas práticas dos produtores que extraem as árvores ou demais produtos de origem florestal, como os óleos e as sementes.

Certificação da Cadeia de Custódia: certifica os procedimentos de quem processa a madeira certificada e a transforma em materiais ou em produtos finais. Aplica-se às serrarias, fabricantes de móveis, designers e gráficas.

Certificação de Madeira Controlada: garante às empresas certificadas quais as madeiras não certificadas que podem ser adquiridas de acordo com os critérios do FSC para uso nos produtos mistos. Tem que atender a cinco condições:

* não ser colhida ilegalmente;

* não ser de áreas onde houve violação dos direitos civis;

* não vir de florestas conservadas;

* não ser extraída de florestas naturais convertidas para plantações e usos não florestais;

* e não ser de florestas geneticamente modificadas (transgênicas).

Existem três tipos de selos de identificação:

FSC 100%: garante que a madeira daquele produto é totalmente certificada.

FSC Misto: pode conter no máximo 30% de madeira não certificada.

FSC Reciclado: para produtos criados a partir de outros certificados.

Como vimos, além de contribuir com a sustentabilidade, a madeira certificada traz um diferencial importante para as empresas que comercializam o produto, alcançando melhores preços.

Você gostou desse artigo? Entendeu como funciona o processo de certificação da madeira?  Quer saber também como fazer o transporte adequado da madeira? Confira aqui!

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