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NBR-6122. O que saber da norma sobre projeto e execução de fundações

A fundação é uma das partes mais importantes de qualquer edificação. Afinal, qualquer erro cometido nessa etapa pode condenar toda a construção ou, no mínimo, causar problemas de manutenção ao longo de muitos anos.

Para evitar esses problemas, foi elaborada a NBR-6122/2019, uma norma regulamentadora voltada para regular a execução de fundações de qualquer tipo de estrutura na Engenharia Civil. Essas instruções são muito importantes, pois um pequeno desvio de padrão pode causar um grande impacto negativo sobre toda a construção. Além disso, acidentes nesse setor podem trazer grandes prejuízos e colocar muitas vidas em risco.

Neste artigo, vamos explicar o que é a NBR-6122 e mostrar quais foram as principais mudanças trazidas pela nova norma sobre projeto e execução de fundações.

O que é a NBR-6122?

A NBR-6122 faz parte do conjunto de normas reguladoras da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) que regulamentam as atividades da construção civil. O principal aspecto dessa norma é o projeto e execução de fundações. Ela traz instruções e diretrizes sobre o projeto e a execução da fundação de todas as estruturas de engenharia civil. Ou seja, tanto obras pequenas quanto grandes, residenciais ou comerciais, precisam aplicar a  norma.

Uma fundação é responsável por transmitir para o solo todas as cargas provenientes da edificação. Por isso, se ela não for corretamente projetada e executada, a construção pode apresentar problemas como rachaduras, recalques e até levar ao seu desmoronamento. Daí a importância das exigências da NBR-6122.

O objetivo principal dessa norma é padronizar o projeto e a execução de fundações, com recomendações e etapas construtivas a serem seguidas em todas as obras, como casas, edifícios e pontes. Para isso, vários termos e expressões são adicionados para tornar o texto mais claro. Além disso, novos métodos construtivos foram introduzidos, bem como novas regras de cálculos e ensaios técnicos foram estabelecidas.

No entanto, a norma não aborda fundações de aplicação restrita, como as sapatas estaqueadas, radier estaqueados, estacas de compactação e melhoramento do solo. Ela também não cita aquelas que estão em desuso, como caixões pneumáticos.

Mudanças trazidas pela nova NBR-6122

A NBR 6122 foi criada em 1986 e depois passou por modificações em 2010 e em 2019. A sua revisão mais recente compreende alterações e incrementos importantes para o avanço e a continuidade dos projetos de fundações. 

Cabe ainda ressaltar que a NBR-6122 é bastante extensa, sendo dividida em 10 capítulos e vários subitens, anexos, gráficos, figuras e tabelas. O que é bem compreensível, já que a etapa de fundação é uma das mais complexas e impactantes em uma construção.

As inovações introduzidas se deram, especialmente em relação aos concretos utilizados, às considerações em relação à ação do vento e à quantidade de provas de carga exigidas.

Outra mudança importante trazida pela NBR-6122 é que agora ela está mais alinhada com outras normas, como a NBR-6118 – Estruturas de Concreto Armado. No caso do concreto utilizado nas fundações profundas, por exemplo, o novo texto leva em consideração a classe de agressividade ambiental, conforme definida na NBR-6118.

A revisão trouxe ainda a introdução de novos métodos construtivos, como o uso de concreto auto-adensável para fundações de hélice contínua. 

Podemos destacar também que a norma estabelece critérios para análise do solo, através da Investigação Geológico-Geotécnica e para ações de segurança, são especificados critérios, como os estados limites últimos (ELU) e de serviço (ELS). 

Ela também traz orientações relativas às fundações rasas e demonstra critérios e tipos de fundações profundas. 

Também foram promovidos ajustes nos anexos que tratam dos procedimentos executivos de diversos tipos de estaca, destacando-se novas considerações em relação as resistências de ponta de estacas.

Outra novidade é a limitação do uso de tubulões, necessária para atendimento das normas do Ministério do Trabalho.

O novo texto da NBR 6122 apresenta ainda várias atualizações conceituais. Podemos citar a adequação aos requisitos para atendimento ao método dos estados limites e ajustes em fatores de segurança e coeficientes de ponderação, principalmente quando temos ações de vento combinadas às de cargas verticais.

Entre as mudanças trazidas pelo novo texto, podemos destacar:

  1. Distribuição de Cargas

Anteriormente, a norma indicava que se ocorressem mudanças na distribuição de cargas caso a fundação deformasse, seria necessário realizar análise da interação solo-estrutura.

A nova versão passou a definir mais claramente os casos em que essa análise se torna obrigatória: carga variável significativa, estruturas com mais de 55 metros de altura e outros.

  1. Efeito do Vento

No texto anterior, quando a carga de vento era a principal carga variável, a resistência das fundações poderia ser majorada em até 30%. Na nova versão da norma, esse valor foi alterado para 15%, com uma exigência extra de que o fator de segurança global seja de, no mínimo, 1,6. Porém, em alguns tipos de construção específicos, o valor antigo de 30% ainda é permitido.

  1. Blocos de Fundação

A norma antes determinava a necessidade de usar armadura em blocos de fundação, obtendo uma faixa de ângulo variável para o formato do bloco. Na nova versão, esse ângulo foi fixado com o valor mínimo de 60°, dispensando a equação mencionada.

  1. Resistência do Concreto

A determinação da resistência de concreto para os tipos de fundação passou a ser mais rigoroso e a exigir classes de resistência maiores do que era permitido antes. 

Antes da concretagem, a inspeção visual, que até então era realizada pelo projetista, passa a ser realizado por um profissional habilitado.

  1. Prova de Carga

A atualização da NBR 6122 estabelece também as situações em que se torna necessária a execução de prova de carga. Por exemplo, quando o carregamento principal for carga horizontal ou esforços de tração.

  1. Monitoramento de Recalque

As condições da estrutura para ocorrer a necessidade de monitoramento de recalque sofreram algumas modificações, passando a ser um pouco mais exigentes. Nesses casos, passa a ser obrigatória a avaliação técnica do projeto, realizada por profissional independente do projetista que é contratado pelo proprietário da obra ou pelo seu representante. A norma também indica que devem ser avaliadas as premissas, os cálculos e os detalhamentos do projeto.

As revisões da NBR-6122 melhoram a qualidade dos trabalhos e retiram processos que são considerados obsoletos. Assim, é possível garantir o melhor trabalho possível e manter um padrão atualizado para as obras. 

Para mais detalhes das recomendações e adequar os projetos de fundação aos novos parâmetros, é indicado realizar a leitura de toda a nova versão da norma.

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