O algodão é uma das culturas que faz melhor uso da tecnologia disponível atualmente. Cada vez mais, a evolução de máquinas e equipamentos tem se apresentado como um diferencial no processo produtivo. A tecnologia aplicada na produção e o manejo adequado no campo contribuem significativamente para a melhoria dos processos de produção e o aumento da produtividade.
Mesmo com o aumento nos custos de produção, os produtores que investiram em tecnologia de ponta conseguem garantir sua rentabilidade, graças ao aumento da produtividade, aponta o estudo “A Cultura do Algodão: Análise dos Custos de Produção e da Rentabilidade nos Anos-safra 2006/07 a 2016/17”, realizado pela Conab.
Saiba como as máquinas auxiliam o processo produtivo
A evolução de máquinas e equipamentos tem trazido um grande impulso para o processo produtivo dessa cultura. As colheitadeiras “picker” de “rolinho” estão cada vez mais ocupando o mercado, substituindo as máquinas com cestos.
Durante o processo de colheita, o algodão em caroço é colhido, prensado e embalado na forma de fardões retangulares ou cilíndricos, que pesam em torno de 8 mil kg. A pluma é embalada em fardos menores com peso de 170 kg a 220 kg.
Grandes grupos chegam a desembolsar até R$ 3 milhões em uma única colheitadeira. O investimento vale a pena, pois essas máquinas são capazes de colher 40 hectares por dia. As operações com máquinas e beneficiamento correspondem por aproximadamente 16% dos custos operacionais, enquanto os defensivos agrícolas e fertilizantes representam 58% dos custos de produção, segundo a Coab.
Por fazer uso intensivo de tecnologia, essa lavoura envolve menores gastos com mão de obra, que com a adoção de novas tecnologias se tornou mais qualificada. Além de aumentar a produção, o uso da máquina diminui o manuseio do algodão, favorecendo a redução de perdas e menor contaminação, pois o produto tem menos contato com o solo.
Acompanhe o aumento de produtividade do algodão brasileiro
A produtividade alcançada pelo algodão brasileiro está entre as três melhores do mundo, ficando atrás apenas da Austrália e da Turquia. De acordo com pesquisa da Conab, a média de produtividade do Brasil entre 2006 e 2016 foi de 1.440 quilos por hectare, enquanto a Turquia alcançou 1.456 quilos e a Austrália 1.976.
Fatores como o pacote tecnológico utilizado pelo produtor (qualidade da semente, uso de adubação e de defensivos, sistema de identificação e rastreamento) e as condições climáticas podem impactar a produtividade.
Saiba como a tecnologia vem revolucionando o trabalho no campo
A imensa maioria do cultivo do algodão no Brasil é feita por produtores que empregam as tecnologias de insumos, máquinas e implementos mais recentes para obter altos níveis de produtividade e qualidade. As inovações trazidas pela agricultura de precisão auxiliam na coleta de informações, no manejo das culturas e na interpretação dos resultados.
O algodão brasileiro agora é produzido em larga escala, com sistema de identificação e rastreamento, realiza análise e classificação de fibra com base em padrões internacionais e garante certificação socioambiental alinhada com padrões internacionais de sustentabilidade.
Máquinas como colheitadeiras, empilhadeiras, tratores e caminhões convivem com máquinas como drones e vants para controle por imagem e aplicação localizada de produtos. Além disso, o uso de tecnologias digitais nas fazendas, como internet das coisas e big data, viabiliza uma tomada de decisão mais eficiente, rápida e precisa.
Além de investir em máquinas e equipamentos, os produtores devem acompanhar o avanço constante em cultivares, manejos e pesquisas que vêm ajudando a tornar o Brasil um dos maiores produtores de algodão do mundo.
Como vimos, a tecnologia está cada vez mais presente no campo e é um fator fundamental para se alcançar maior eficiência e produtividade na lavoura de algodão.